Diferente de outras cidades da região, que já anunciaram o aumento da tarifa de ônibus semelhante ao praticado na Região Metropolitana, indo de R$ 5 para R$ 5,30, no caso Suzano e Ferraz de Vasconcelos, a Prefeitura de Mogi das Cruzes anunciou ontem, e destacamos na edição de hoje, que não haverá reajuste no transporte público, que deve se manter também para o próximo ano.

Nesta semana, já foi confirmado que não haverá alta de preço na tarifa dos ônibus intermunicipais pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), conforme reportagem da edição de ontem, e nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, segundo tem sido noticiado, resultado de um acordo entre o novo governador Tarcísio de Freitas (Republicano) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Manter a tarifa traz impactos sobre o sistema, diante do aumento de preços de combustíveis e até mesmo do salário de motoristas. Seguir sem o reajuste é um desafio assumido pela Prefeitura de Mogi, que pretende fazer com que a variação de custos não penalize os passageiros, que geralmente são os primeiros a arcarem com as "novas" despesas, logo que o ano começa.

Para enfrentar o desafio, Mogi terá um Plano Municipal de Modicidade Tarifária, que deve ser implantado com a ajuda do Legislativo, e segundo o prefeito Caio Cunha, haverá "um grande esforço da gestão para priorizar o usuário do transporte público". Que assim seja!

O passageiro, dificilmente visto como prioridade no transporte público, parece ter sua vez e voz finalmente ouvidas, já que a cidade também realiza pesquisa e implantou um novo sistema de transporte. E são os passageiros que vão dizer onde estão as principais demandas e o que realmente precisa ser feito para que o direito de ir e vir seja devidamente garantido.

Políticas públicas, indiferente do segmento e de quem será beneficiado, se faz com diálogo, com base em dados que comprovem necessidades, referenciada em boas práticas, para que sejam efetivas e resultem no melhor para a população.