Marcar uma consulta e não comparecer pode parar algo comum ou simples, uma prática que pelo menos uma vez na vida já adotamos, seja por um imprevisto, por falta de tempo ou até medo, no caso de pessoas que se sentem intimidadas quando precisam buscar ajuda médica.
Mas quando essa falta, que parece inofensiva, pode causar de prejuízo, especialmente quando se pensa em rede pública de saúde?
Na edição de hoje trazemos uma matéria destacando que o índice de absenteísmo na rede pública de Mogi é de 21%, ou seja, 21% dos pacientes que agendaram consulta não compareceram em 2022.
De acordo com a Prefeitura, foram agendados 296.989 atendimentos de clínica médica, pediatria e ginecologia nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo que 61.526 deles não aconteceram porque os pacientes faltaram. Na pediatria, inclusive, foi registrado o maior índice de absenteísmo, alcançando os 23%.
É claro que situações acontecem e o munícipe se vê obrigado a não comparecer em um atendimento previamente agendado, mas é importante que essa falta seja informada com alguma antecedência para que a vaga seja disponibilizada para outra pessoa e aquele horário não seja perdido.
Quando uma consulta é marcada, um médico é disponibilizado, ou seja, aquele período de tempo é reservado, bem como aquele profissional, que pode ser remunerado por consulta ou pelo tempo que permanece na UBS, por exemplo. Quando ele não faz o atendimento previsto, ele deixa de trabalhar e de atender outro paciente.
O absenteísmo é registrado também nos exames de coleta, por exemplo, ou seja, mais uma vez aquele procedimento não é feito e aquela vaga é perdida.
É preciso conscientizar os munícipes sobre essa situação para que os mesmos entendam que aquele serviço público gera um custo e que o mesmo é pago por ele próprio, por meio de impostos e outros tributos. Por isso, para que a rede pública de saúde de qualquer cidade atenda a demanda existente, a organização e o controle são essenciais, bem como a colaboração da população.