Depois do hino ao pneu, das marchas alucinadas, das falsas notícias de prisões de ministros do STF, anulação das eleições, intervenção das forças armadas, acampamentos defronte unidades militares, fechamento de estradas, agora assistimos ao terrorismo. As manifestações deixaram de ser pacíficas e se tornaram atos terroristas, com a explosão de vias e o incêndio de veículo e até de uma ambulância. É necessário que a polícia e o Ministério Público atuem com rapidez e rigor contra os criminosos e aqueles que os financiam.

É inadmissível assistir criminosos queimando caminhões e ambulâncias impunes. Que sejam exemplarmente punidos não só os agentes terroristas, mas principalmente os seus mandantes. Toda organização criminosa só é desarticulada quando o braço financeiro que as sustenta é quebrado. O braço operacional, esse que implanta dinamite nas pistas de rodagem, queima caminhões e ambulâncias é contido pela força estatal, pela polícia, mas o braço financeiro que dá suporte precisa de bloqueio de contas e ativos para parar.

Somos uma República com regras e poderes, não podemos tolerar que o crime organizado domine as estradas. Esperamos uma resposta rápida e contundente das forças de segurança, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Caso isso não ocorra, a barbárie poderá se instalar em nosso país com milícias intervindo na ordem nacional patrocinadas por criminosos de colarinho branco. A tolerância com os atos antidemocráticos produziu o radicalismo e os crimes que assistimos hoje, dai para a barbárie e os atentados é um passo. Ou se reprime o crime organizado travestido de manifestação política, ou assistiremos à destruição e a morte por insatisfação política.

São poucos, são radicais, mas senão exemplarmente contidos, presos e punidos se multiplicarão pela omissão das autoridades constituídas. O Brasil não precisa do caos e da destruição promovida por esses criminosos e de quem os financia, já tem problemas demais. Que não se repitam os crimes que assistimos, que a ordem seja mantida, assim como o Estado Democrático de Direito.

Cedric Darwin é mestre em Direito e advogado.