O governo da Itália vai reabrir suas fronteiras para turistas da União Europeia (UE) a partir do dia 3 de junho e removerá o isolamento obrigatório de 14 dias para visitantes estrangeiros na península, disseram ontem fontes oficiais. As fronteiras europeias do espaço Schengen estão fechadas atualmente.
As medidas foram anunciadas após a reunião de um Conselho de Ministros de cerca de dez horas, realizado na noite de sexta para sábado, e presidido pelo chefe de governo, Giuseppe Conte. Serão aplicadas decisões "em conformidade com os vínculos derivados da ordem jurídica da União Europeia", afirmou o comunicado. Essas decisões poderão ser modificadas com base no "risco epidemiológico" no país, onde mais de 31 mil pessoas morreram vítimas de coronavírus.
O turismo é um dos principais setores da economia italiana e é responsável por cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. "A abertura das fronteiras italianas aos cidadãos europeus não apenas favorece o turismo, como também salva as colheitas com o retorno de cerca de 150 mil diaristas de Romênia, Polônia e Bulgária", disse um dos principais sindicatos agrícolas, o Coldiretti.
A Arábia Saudita anunciou, no fim de 2019, uma nova política de vistos de turismo para 49 países para fortalecer o setor e reduzir a dependência do petróleo. Mas, com a pandemia de coronavírus, a medida perdeu a eficácia e a meta de alcançar 100 milhões de visitantes em 2030 ficou mais distante.
O orçamento saudita também encolheu, com a queda dos preços do petróleo, o que fez o governo triplicar o imposto sobre consumo. As receitas com turismo, principalmente durante o Ramadã, diminuíram em razão da crise sanitária, de fronteiras fechadas, viagens canceladas e companhias aéreas paralisadas.