Atacado por todos os lados em razão das falcatruas a que deu razão, ou, no mínimo, com as quais se mostrou conivente, o "presidente" Temer se dispôs a vir a público explicar-se.
Mas não fez de improviso, como se dá com aquele que, consciência tranquila, encara os seus interlocutores.
Como ato preparatório convocou "marqueteiro" para estabelecer estratégia. E, depois de ouvi-lo, com "tropa de choque" a blindá-lo, em marcha típica das SS nazistas, semblante cerrado ingressou no palco onde o show mambembe seria executado.
A partir de então, procurando fazer com que a agressividade obscurecesse a farta prova contra ele coligida, passou a desferir - com erros grosseiros de concordância, é bom que se diga - ataques contra tudo e contra todos.
Em seu discurso pintou o procurador-geral da República - até ontem, quando se cuidava da gestão anterior, adorado pelos opositores de Dilma - como venal, destacando nas entrelinhas que teria recebido somas de um seu antigo subordinado que deixara o serviço público e ingressara na advocacia privada.
A interpretação de sua fala permite ainda se presumir que o Supremo Tribunal Federal, até o momento endossando a confissão privilegiada daquele que o gravou, também seria responsável, sabe-se lá a que custo, por "suas desgraças"
Chega a tratar a peça acusatória, fundada em falas as mais grotescas, cansativamente expostas, de ficcional, quando não teria lhe atribuído crime.
Jurista de renome, no afã de mentir a nós do populacho, esqueceu-se que a corrupção passiva em sua tipificação penal não exige o recebimento de dinheiro - e a mala do tal Rodrigo, demonstra fartamente o repasse - bastando que se aceite a dádiva ilegal - o que foi realçado no diálogo escuso travado no fim de noite brasiliense! Perdeu o futuro réu, neste caso, a grande oportunidade de ficar calado!
Recuso-me, mais uma vez, a ser enganado por boçal e piegas pronunciamento, advindo de um pretensioso controlador de massas!