Domingo, dia 17 de abril de 2016, será o dia D para o governo Dilma. Enquanto a presidente continua pedalando diariamente pela manhã e discursando no Palácio do Planalto para uma plateia de amigos, onde vocifera contra seus opositores, a Câmara dos Deputados, numa velocidade inimaginável, marca dia e hora para votação do impedimento.
Domingo será o dia em que os brasileiros conhecerão cada deputado federal e saberão se é contra ou a favor do impedimento. Com exceção ao Partido dos Trabalhadores, que é o partido da presidente, qualquer outra legenda ou parlamentar que votar contra o impedimento atrairá para si a rejeição de 70% da população. Um preço político que ninguém, em sã consciência, paga.
Não há mais esperança para o governo Dilma. Ainda que o processo de impedimento não seja aprovado pela Câmara, o desgaste e a animosidade com os parlamentares, fruto de seus últimos discursos é tão grande que não há e nem haverá governabilidade. A instabilidade econômica, a crise e o desemprego serão os reais motivos para afastar a presidente de seu cargo, ainda que o pedido formal seja o crime de responsabilidade. Se aprovado na Câmara, ante a vontade popular, o Senado não deixará de afastar a presidente e, então, o único ato que lhe resta será a renúncia.
Na democracia, nenhum governante se mantém no poder sem o apoio popular e isso, definitivamente, a presidente Dilma não tem. E não tem porque para se reeleger vendeu um paraíso, mas depois de eleita entregou um inferno. Restringiu o seguro desemprego quando mais se precisa dele. Estima-se um exército de 12 milhões de desempregados. Os preços controlados pelo governo foram estancados até as eleições e depois explodiram - basta ver o preço dos combustíveis. A inflação corroeu benefícios sociais, como o Bolsa Família. A Petrobras foi destruída, dizimada pela ingerência e pelo aparelhamento político.
Agora chegou a fatura e é hora de o governo pagar, porque o povo que o elegeu já não consegue pagar mais nada.