É corrente entre os empresários que o faturamento caiu. Muito para alguns, medianamente para outros e pouco para outros tantos, mas é raro o segmento que esteja experimentando crescimento ou mesmo a estabilidade.
Vende-se menos, fatura-se menos e, dependendo do tamanho da queda, o custo pode ultrapassar a receita, o que significa prejuízo.
De uma forma simples, podemos dizer que a maior parte dos negócios tem formação de custos a partir de dois tipos principais: permanentes e variáveis. Em regra, portanto, há que se estimar um faturamento que implique o ponto de equilíbrio e, a partir desse, o negócio seja lucrativo.
Comércios, em geral, especialmente, os de pequeno e médio portes, formam seus preços de maneira prática, efetivando vários exercícios e estudos de viabilidade na base que indiquem quais seriam os markups (margens brutas) a aplicar sobre cada custo de produto a ser vendido, sendo que tal margem deve incluir os recursos necessários para suportar, além do custo efetivo do insumo (variável), o custo permanente da empresa. É, justamente esse custo que surpreende, especialmente, os incautos.
É preciso entender que com venda ou sem ela, o tal custo permanente lá está à porta do negociante. É claro que itens desse custo podem variar para menos conforme a demanda cai, mas, por mínimo que sejam, sempre estarão lá. É o caso do aluguel, do IPTU, da energia elétrica, da telecomunicação, do saneamento, da folha de pagamento, das assessorias constantes: trata-se do custo para manter a porta aberta.
É tempo, portanto, de rever a viabilidade dos negócios, apontando com critério cada item que compõe seu custo, especialmente, o permanente, a fim de identificar as possíveis reduções e, se no esforço extremo, o resultado for ainda vermelho, ter coragem para estabelecer um prazo máximo para liquidar a operação, antes que outra situação seja ainda pior.
Que Deus nos ajude a ultrapassar momento tão difícil!