Vivemos a era da Cleptocracia, em que os governantes mal nos representam, e fazem da máquina pública um meio de obtenção de vantagens e troca de favores. Há muito não se via tamanho escândalo político, especialmente no que diz respeito à corrupção. Todos os dias é possível prever o noticiário: alguma declaração política comprometedora, oscilação do dólar e a crise política e econômica que assola, cada vez mais, nosso País.
No "jogo de cadeiras" dos Ministérios e do Congresso Nacional, o que os brasileiros assistem pode ser considerado uma verdadeira peça cômica, em que a vontade dos cidadãos é esquecida, comandada por partidos políticos que se articulam, a todo tempo, para defender seus próprios interesses.
De fato, o voto concede legitimidade ao eleito, prerrogativa esta que deve usada com ponderação e ser observada à luz das famosas promessas de campanha.
Imprescindível ao Congresso e ao Planalto mudarem suas atitudes. O olhar deve ser direcionado para os que mais sofrem com a inflação e com o desvio de verbas provocado pela corrupção e por atos ímprobos: os mais necessitados que, em sua maioria, sofrem com um sistema educacional defasado e com uma saúde pública em declínio. 
São estes os atingidos diretos pelos escândalos que deixam os brasileiros (e o mundo) abismados.
Enquanto nossos "representantes" continuarem a defender seus interesses pessoais e partidários, não se cumprirá o propósito da República, nem mesmo os defendidos princípios da dignidade da pessoa humana, da isonomia e da moralidade pública.
Aos brasileiros resta a esperança de que o País retome os trilhos da política justa e ética e que, em consequência, a economia reaja. Essa crença parece impossível, mas, a longo prazo, seria a solução de nossos atuais problemas.
Triste é ver uma nação onde todos têm que ser corretos e agir segundo as leis, exceto aqueles que mais deveriam fazê-lo e ser cobrados para tanto. 
Invertem-se os papéis: hoje, basta ser nomeado ministro e, com isso, adquirir foro privilegiado, enquanto os brasileiros "comuns" seguem com seu nariz vermelho, assistindo a tudo com a maior perplexidade possível.