O Conselho de Administração da Petrobras aprovou ajustes no Plano de Negócios e Gestão (PGN) 2015-2019, informou ontem a estatal por meio de nota. Com a revisão, a Petrobras prevê investimentos de US$ 98,4 bilhões no período, uma redução de US$ 32 bilhões em relação ao valor inicial, previsto em US$ 130,3 bilhões - o que representa uma queda de aproximadamente 25%.
Segundo a nota, os ajustes levaram em conta os novos patamares do preço do petróleo e da taxa de câmbio e visam a preservar "os objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valores para os acionistas", estabelecidos no PGN 2015-2019. Para as mudanças, a Petrobras utilizou como premissa para as projeções de investimentos e custos, o novo preço do petróleo Brent e a taxa de câmbio, mantendo "a prioridade dos projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal".
No que diz respeito aos gastos operacionais gerenciáveis da estatal, o valor previsto para o ano passado permanece em US$ 29 bilhões e a programação para 2016 está sendo revista no âmbito do detalhamento do orçamento anual em curso. Segundo a estatal, a revisão para 2015 e 2016 levou a uma reavaliação dos projetos previstos pela companhia (portfólio de projetos) para os cinco anos do PNG 2015-2019 e a um consequente ajuste na carteira global de investimentos. As novas premissas decorrem da otimização do portfólio de projetos da Petrobras (economia de US$ 21,2 bilhões) e do efeito cambial (redução de US$ 10,7 bilhões).
Dos investimentos totais da companhia, US$ 80 bilhões serão destinados à área de exploração e produção, o equivalente a 81% do total; US$ 10,9 bilhões (11%) são para abastecimento e refino; e US$ 5,4 bilhões (6%), para a área de gás e energia. As demais áreas ficam com investimentos de US$ 2,1 bilhões. Do total dos investimentos na área de exploração e produção, estão previstos US$ 4,9 bilhões para as atividades no exterior. Os recursos para abastecimentos incluem os que serão destinados à Petrobras Distribuidora (BR).
No novo Plano de Negócios e Gestão, a venda de ativos para o biênio 2015-2016 foram mantidos em US$ 15,1 bilhões, volume de recursos bastante superior a 2015.