O Ministério da Saúde começará a distribuir no fim de fevereiro as primeiras 50 mil unidades do Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya, que permitirão o diagnóstico simultâneo das três doenças com maior agilidade. Outra qualidade é a redução do custo de aplicação do teste. "O teste que vamos distribuir vai dizer de maneira objetiva dentro de duas horas qual é a enfermidade. É importantíssima a informação para as gestantes", destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante a apresentação do kit ontem na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Prototipagem do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz-Paraná), Marco Aurélio Krieger informou que o teste no formato que foi produzido é único no mundo. Os kits serão encaminhados a 18 dos 27 laboratórios centrais (Lacen) do Ministério da Saúde, localizados em cada Estado do País, que conforme o ministro, estão equipados para receber os 50 mil testes, produzidos pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Outros três laboratórios estão sendo preparados para receber os testes. A previsão é que até o fim do ano sejam distribuídos 500 mil kits. "A produção dos testes vai ser distribuída continuamente para fazer o diagnóstico. A prioridade para a diferenciação diagnóstica vai ser para as gestantes", revelou o ministro.
Gravidade
De acordo com Marcelo Castro, atualmente, o problema número 1 do Brasil é a microcefalia. "O Brasil tinha, uma média de 2 mil casos, segundo estatísticas, eram 150 casos de microcefalia por ano. De outubro para dezembro do ano passado tivemos 3.500 casos aproximadamente. Então é um aumento gravíssimo de saúde pública, poucas vezes vivido na história de nosso País", indicou.
Diante do grave cenário registrado, o ministro defendeu que não podem faltar recursos para combater a doença. Ele informou que este ano estão garantidos R$ 500 milhões para ações específicas relacionadas à microcefalia. "Nós temos a palavra e o compromisso da presidente Dilma Rousseff, de maneira explícita, de que não faltarão recursos para o combate à microcefalia no Brasil", disse Costa. (A.B.)