A reurbanização de áreas bastante populosas para garantir infraestrutura mínima e decente é um dos principais desafios de qualquer administrador público. Até mesmo porque o resultado, além de estético, promove a qualidade de vida das pessoas que vivem nesses locais. Na maioria das vezes ações desse tipo demandam investimentos altos, sendo necessárias parcerias para garantir recursos suficientes, especialmente com o governo federal, por meio do Ministério das Cidades e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Exemplo disso aqui no Alto Tietê é Mogi das Cruzes. A prefeitura firmou uma parceria com o governo federal e hoje desenvolve ações para reurbanização de bairros que não cresceram de maneira organizada, que sofreram muitas ocupações irregulares e para onde serviços essenciais não chega completamente aos moradores. A Vila Nova Estação e a região do córregos dos Canudos, em Brás Cubas, além de vários pontos do distrito de Jundiapeba, já estão vivendo uma nova realidade. Os serviços ainda estão em andamento, mas num futuro breve garantirá melhorias significativas que antes, certamente, não eram nem cogitadas, como saneamento básico, iluminação pública e pavimentação.
O mesmo acontecerá agora em outra cidade. O Miguel Badra, em Suzano, é um dos bairros mais conhecidos do Alto Tietê, principalmente por ser densamente povoado e apresentar problemas sociais graves e crescentes, como invasões de áreas públicas e privadas e violência, cenário muito próximo do que se verificava nas regiões mogianas que estão mudando de cara. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 20 milhões, também por meio do PAC, para garantir a reurbanização de um trecho denominado Miguel Badra Jaguari.
Esses projetos de infraestrutura, que também são, em sua essência, carregados de cidadania e boa urbanidade devem se espalhar para outras cidades daqui, como Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba. Mogi está mostrando que é possível ter uma atenção especial a esse tema e Suzano começará agora atuar incisivamente para melhorar um de seus bairros mais carentes, senão o mais carente.