Polêmico, o Uber, aplicativo para celulares no qual se contrata o serviço de transporte em carros particulares, vem causando alvoroço no mundo todo e não foi diferente no Brasil.
Taxistas lutam contra a concorrência que não é legalizada, ainda. Esse é o caminho contra a inflação. A concorrência e o aumento da oferta, desde que legalizada e a menor interferência governamental, podem controlar a inflação.
O Banco Central, através do Comitê de Política Econômica, o Copom, eleva a taxa de juros para frear o consumo e a oferta de crédito e assim combater a inflação. Ou seja, ao invés de estimular a produtividade, a concorrência e a oferta e assim reduzir a pressão inflacionária, usa-se um remédio amargo cujo efeito colateral é a redução da atividade econômica como um todo.
Inflação não se combate com o aumento de juros. Inflação se combate com o aumento da oferta. Quanto maior a oferta, menores serão os preços, pois ninguém se sujeita a pagar mais pelo mesmo.
Um bom exemplo é a telefonia. Há 25 anos, ser titular de uma linha telefônica era sinal de status. A pequena oferta das companhias estatais tornava o direito de usar um telefone fixo ou móvel um privilégio de poucos.
O serviço era sofrível e não havia oferta suficiente para atender toda a demanda, o que criou um mercado paralelo com os preços para cima. Com a privatização dos serviços de telefonia e com a concorrência entre as operadoras de telefonia, os preços despencaram e a oferta é abundante e a linha móvel, antes inacessível, hoje é mais utilizada do que as linhas fixas.
Não há inflação nos serviços de telefonia, pelo contrário, cada vez se oferece mais serviços por menos preço e isso não ocorreu por decreto, mas pela concorrência e pelo aumento da oferta.
O Uber precisa ser regulamentado. É assim que se controla a inflação, com o aumento da oferta e não com o aumento dos juros.