A Vila Dignidade, em Mogi das Cruzes, acaba de ser reconhecida por uma organização social da Espanha como exemplo de boas práticas em serviços públicos. Após ter sido citada no livro/ebook "Morar 60 Mais - Revolucionando a Moradia em Face da Longevidade", o condomínio para idosos da cidade agora é destaque no catálogo "Red de Buenas Prácticas", um projeto da Fundación Pilares, que visa a criação de uma rede de divulgação de boas práticas para aumentar a qualidade de vida das pessoas em situação de fragilidade, deficiência ou dependência.

A citação, de acordo com a Prefeitura, mostra como o modelo de Mogi é inovador no atendimento ao público idoso. A fundação espanhola esclarece que considera como boas práticas experiências e ações inovadoras, sistematizadas e documentadas que, aplicando formas de intervenção coerentes com o modelo, visam alcançar melhorias em todas as áreas da qualidade de vida e bem-estar das pessoas que necessitam apoio, salvaguardando sua dignidade, direitos, interesses e preferências e contando com sua efetiva participação.

"Vila Dignidade - Envejecimiento y derecho a la vivienda" (envelhecimento e direito à moradia) é o título da publicação, que traz, ao longo de 21 páginas, informações sobre políticas públicas, envelhecimento e dados sobre a Vila Dignidade, desde a inauguração em setembro de 2015, contando inclusive com fotos que ilustram ações no local.

A Vila Dignidade é um condomínio formado por 22 residências individuais, salão de covivência e áreas voltadas para a prática de atividades físicas. Atualmente, 21 idosos residem no local. Cada casa possui 44 metros quadrados de área construída, sala conjugada à cozinha, dormitório, banheiro, área de serviço e espaço externo nos fundos para construção de jardim ou horta. Todas estão equipadas com recursos de acessibilidade. A iniciativa é do governo estadual, e atualmente tem o nome de Vida Longa.

O Serviço de Acolhimento em República destina-se ao atendimento de idosos independentes e de baixa renda. São critérios para inserção: possuir 60 anos ou mais; residir no município há pelo menos 2 anos; ser autossuficiente para a realização de tarefas da vida diária; não possuir imóvel próprio; possuir renda mensal de até um salário mínimo e possuir vínculos familiares fragilizados ou rompidos.

Os encaminhamentos são realizados pela rede socioassistencial, como Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), entre outros. As inserções ocorrem conforme há disponibilidade de vagas. O serviço conta com acompanhamento social para facilitar o acesso à rede de políticas públicas, a reconstrução de vínculos, preservação da autonomia e independência e o estímulo para a autossustentação.