Ainda temos muito a avançar quando o assunto é inclusão das pessoas com deficiência seja quanto à educação, como no acesso aos demais serviços públicos e também no atendimento em instituições privadas e empresas. As pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) precisam de um atendimento diferenciado e apoio para que possam trabalhar suas habilidades e desenvolver todo o seu potencial. 

As iniciativas neste sentido de apoio aos autistas e suas famílias vêm crescendo, mas é por meio da mobilização de quem sente na pele os desafios do dia a dia, que melhoria vão ocorrendo. Na edição digital de hoje destacamos o trabalho realizado pelo Instituto Resiliência Azul, que tem sede em Mogi das Cruzes, mas abrange toda a região, trazendo importantes bandeiras para que as pessoas com TEA possam ter um atendimento digno, que realmente contribua para que desperte suas potencialidades. 

No próximo sábado, dia 1 de novembro, o grupo fará uma mobilização a favor da educação inclusiva, em repúdio a uma resolução do Governo do Estado, que julgam tornar ainda mais difícil o acesso a profissionais devidamente capacitados para apoiar os estudantes com TEA. 

É preciso fazer com que esses estudantes e suas famílias sejam devidamente acolhidos e integrados à comunidade escolar, e não apenas garantir uma vaga na sala de aula. O acolhimento nesse caso perpassa pela oferta de um apoio para que o aprendizado ocorra da melhor forma possível. 

Vale ressaltar o desafio dos profissionais que nem sempre estão preparados para atender esses estudantes, o que precisa ser revisto pelas instituições de ensino, especialmente na escola pública. Todos necessitam da devida capacitação e remuneração adequada para o trabalho que realizam. 

Claro que vemos importantes avanços nos últimos anos, como a implantação de escolas especializadas e atendimentos voltados para esse público, mas ainda é preciso ir além e envolver toda a rede de ensino para que todos sejam integrados, se sintam pertencentes e assim tenhamos um futuro ainda mais promissor.