Despertou-me o interesse a reportagem no jornal que estampava como título "Nova meditação conquistou da Oprah à polícia". Falava de uma técnica terapêutica conhecida pelo nome de mindfulness, traduzida como "atenção plena", meditação e exercícios de tradição oriental, como tantas outras, adaptada ao nosso mundo ocidental e praticada por famosos como a apresentadora de TV Oprah Winfrey.
A Universidade Federal de São Paulo, em seu programa Mente Aberta, decidiu estender, de modo experimental, a técnica por ela utilizada desde 2011 a alguns integrantes da Polícia Militar visando reduzir o estresse a que são submetidos em seu trabalho: atenção plena no presente, pensar menos no futuro incerto que produz ansiedade, não ficar sempre amarrado ao passado por conduzir à depressão. Jesus, diferente da meditação oriental, nos ensina a ter dia a dia o nosso olhar voltado para as coisas simples que nos rodeiam, criadas com poesia e beleza pelas mãos sábias do Criador, e esse olhar nos lírios do campo com atenção plena nos faz crer que Ele também, no passado, nos criou e nos deu a fé na cruz de Cristo; como Pai tem cuidado de nós, no presente; como promessa nos dá a bendita esperança de vivermos eternamente com Ele no céu, no futuro.
Jesus disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como dá o mundo"; essa é a paz efêmera do homem, mas aquela é a paz eterna de Deus. O mundo apressado das obrigações seculares busca solução dos seus problemas na dedicada leitura dos livros de autoajuda. Alegando falta de tempo para meditar na Palavra de Deus, são levados para o caminho da falsa paz.
A sabedoria do mundo faz o homem trilhar uma estrada enganosa em busca da felicidade por possuir muitos bens materiais, ofuscando os seus olhos para não ver com alegria as coisas belas da vida, como o jardim primaveril na frente da sua casa que o saúda com o perfume e o colorido das flores ao sair de manhã para o trabalho. O dinheiro compra conforto, mas não compra felicidade.
Mauro Jordão é médico.