No próximo domingo vamos às urnas para exercer nosso direito/dever de eleger nossos mandatários pelos próximos quatro anos e no caso de senador pelos próximos oito. O cargo em maior evidência é a presidência da República. Muito se discute sobre quem será o próximo, se Lula ou Bolsonaro, os demais não apontam chances de chegar ao segundo turno.

Mas a eleição não se resume ao maior cargo do Brasil, há eleição para o governo do Estado e o Poder Legislativo estadual e federal. Para esses cargos a grande maioria da população deixa para escolher no último dia, às vezes na porta do local de votação colhendo algum santinho do chão. Não dá pra ser tão descuidado num momento tão importante e delicado de nossa vida política. Também não é hora de votar com o fígado, é necessário ter lucidez diante do quadro que se desenha e do que queremos para nosso futuro.

De que lado da história queremos nos posicionar, fato é que apenas dois candidatos se mostram viáveis segundo as pesquisas, Lula e Bolsonaro. Bolsonaro teme ser preso, Lula já foi preso. Lula perdeu várias eleições presidenciais e nunca acusou o sistema eleitoral por suas derrotas. Bolsonaro acusou o sistema eleitoral até em sua vitória. Lula governou o Brasil por oito anos e deixou o governo com aprovação de mais de 80% da população. Bolsonaro está em seu primeiro mandato e registra rejeição superior a 50%. É entre esses dois candidatos que teremos, no primeiro ou no segundo turno, escolher. Votar em branco ou anular o voto não significa nada eleitoralmente é voto nulo, não é computado, não existe, nem para protesto serve. Por isso o voto válido é importante e deve ser dado com lucidez.

Se não tem candidato para o Legislativo, vote no mesmo número da legenda do cargo Executivo. Uma bancada alinhada ao governador ou ao presidente ajuda. Mas antes de tudo, vote com lucidez, esse será o melhor critério. Se informe, some os prós e contras, avalie qual o melhor ou qual o menos pior e vote. Lembre-se que muita gente lutou por muito tempo para que pudéssemos ir às urnas livremente.

Cedric Darwin é mestre em Direito e advogado.