Os 40 leitos de hemodiálise no Hospital Regional do Alto Tietê (HRAT), em Suzano, anunciados no ano passado, devem começar a operar em até março de 2026. O prazo foi dado pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante evento realizado na manhã desta sexta-feira (26). Ele e diversas outras autoridades acompanharam a cerimônia de nomeação do equipamento de saúde, que passa a se chamar Hospital Deputado Estevam Galvão de Oliveira, em homenagem ao ex-prefeito e cinco vezes deputado estadual, que faleceu no ano passado.
Segundo o secretário, a ampliação da hemodiálise permitirá o atendimento de 240 pacientes de forma simultânea. O titular também citou que Itaquaquecetuba e Arujá receberão, respectivamente, oito e 20 novos leitos do tratamento voltado a pacientes com insuficiência renal. "Em todo o Alto Tietê, em vários locais, estaremos ampliando as ofertas”, afirmou. Atualmente, o hospital, gerenciado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, realiza atendimentos de média complexidade, especializados na área cirúrgica e atendimento de pacientes crônicos de longa permanência.
O prefeito de Suzano, Pedro Ishi destacou, avanços recentes da saúde na cidade e disse que os novos leitos para hemodiálise vão poupar pacientes da região que dependem do tratamento renal de longas viagens até a capital, permitindo um atendimento mais próximo de suas casas e familiares. Segundo ele, a instalação dos leitos é uma demanda desde a inauguração do HRAT, no fim de 2023.
Paiva destacou que imprevistos adiaram a abertura: “Tivemos um problema, pois a hemodiálise está muito ligada à qualidade da água e temos que ter uma estrutura muito boa. Por isso demorou um pouco mais, mas já começamos a obra. Nós temos até o mês de março para estar inaugurando”. O secretário depois do evento vistoriou as obras do Hospital Municipal de Guararema e do Hospital Geral de Arujá.
Cross
Na coletiva de Imprensa em Suzano, o secretário também falou sobre a regionalização do Sistema Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) no Alto Tietê, defendida por prefeitos da região. Segundo ele, a solução para a região estaria na ampliação de leitos e não na regionalização.
"Quando se amplia leitos, amplia a oferta, aumentando pode receber mais pacientes. As pessoas têm uma visão que a regulação é do Estado, quando é do município. Nenhum dos entes federativos impõe nada a ninguém. Temos conversado que não adianta regionalizar os municípios, os municípios teriam que abrir mão de todos os leitos pensando na região como um todo. Enquanto isso não ocorre, atrair todos os municípios com a mesma pauta, temos essa dificuldade”, disse o secretário.
Maternidade e Pronto-Socorro
Sobre a Maternidade Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, que deve funcionar por meio de uma parceria entre Prefeitura e o Governo do Estado, Paiva afirmou que a discussão agora está na data de abertura, prevista para dezembro. “O repasse de recursos já foi feito. Num primeiro momento desenhamos qual perfil assistencial que a gente queria da maternidade há seis meses. Depois avaliamos o custeio mensal. Nós combinamos hoje (sexta) com a prefeita Mara Bertaiolli e no mês de dezembro vamos estar inaugurando a maternidade”, afirmou.
As obras do equipamento tiveram início em 2019 e o prédio foi finalizado em 2022, e segundo projeto enviado pela Prefeitura à Câmara, a transferência de recursos será de R$ 35,8 milhões, em parcelas, destinados ao custeio e funcionamento da Maternidade.
O secretário de Estado também negou a reabertura do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, e falou da possibilidade de um novo equipamento, como havia afirmado o governador Tarcísio de Freitas, em visita a Mogi das Cruzes, em fevereiro. "O Luzia continua o Pronto-Socorro referenciado. Não vai mudar. Segue em discussão a possibilidade de a gente fazer um novo Pronto-Socorro, perto do hospital, também aumentando a oferta de urgência e emergência. O Pronto-Socorro é responsabilidade do município. Nós somos parceiros, então o município está fazendo o projeto de atendimento da urgência e terá o Estado como parceiro”, disse.
Homenagem
A agenda desta sexta em Suzano marcou a nomeação do agora Hospital Regional do Alto Tietê Deputado Estevam Galvão de Oliveira. A mudança partiu de projeto de lei do deputado Carlos Cesar, por iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa (Alesp), deputado André do Prado, que esteve presente no evento. Estevam Galvão acumulou mais de 50 anos de vida pública, tendo sido vereador, quatro vezes prefeito de Suzano, deputado federal e por cinco mandatos deputado estadual. Ele morreu no ano passado, aos 81 anos, por complicações de saúde em decorrência de um câncer no pâncreas.
Entre os presentes na cerimônia estava a viúva de Estevam, a educadora Viviane Domscke Galvão de Oliveira, e familiares. Ela agradeceu aos presentes e lembrou da trajetória do marido. Outras pessoas que discursaram também prestaram homenagens. “A gente sempre se espelhou no Estevam, sempre foi uma referência de político que amava e lutava, não só pela cidade de Suzano, mas pelo Alto Tietê, com tantas obras importantes e estruturantes”, afirmou André do Prado.
O evento de nomeação também teve presença da prefeita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli; do vice-prefeito de Mogi, Téo Cusatis; do prefeito de Biritiba Mirim, Carlos Alberto Taino Junior, o Inho; do deputado federal Marcio Alvino; do ex-prefeito de Suzano e hoje secretario do Meio Ambiente da capital, Rodrigo Ashiuchi, além de vereadores de Suzano e outras autoridades.