O Brasil assistiu atônito ao assassinato de um guarda municipal em Foz de Iguaçu cometido por um agente penitenciário federal. O guarda, petista, comemorava 50 anos com as cores do PT e de Lula. O assassino bolsonarista teria se incomodado com a temática, se desentendido com a vítima, retornando ao local onde assassinou a vítima, que em legítima defesa revidou. Se não estivesse armado, provavelmente, seria executado.

Dois agentes de segurança, um morto e outro ferido. O motivo: intolerância política. É preciso que esse caso sirva de exemplo punitivo e de desestímulo para que haja uma escalada na violência que já tem se evidenciado nos eventos políticos do PT. Foi um atentado contra o atual presidente que alterou os rumos das eleições de 2018.

As instituições, o Poder Judiciário e a Polícia Judiciária precisam se posicionar de forma rígida contra esses ataques, sob pena de navegarmos num mar de sangue. Nossa intolerância deve se dirigir contra a corrupção sistêmica no Brasil, violência contra a mulher, destruição das florestas, garimpo e pesca ilegal, inflação, fome, miséria e desemprego. Políticos e suas ideologias têm apenas um alvo, o poder.

Ninguém deve perder sua vida por um político ou sua ideologia. O Brasil tem problemas maiores e reais. Que o Brasil nunca mais assista cenas como essas onde famílias são destruídas por absolutamente nada. Além da violência gratuita, das mortes e perdas temos o grande desafio de superar o desastre sanitário dos dois anos de pandemia.

Já temos mortos demais, luto demais, fome demais, desemprego demais, recessão e inflação demais. Precisamos de esperança, renovação, solução, não de discurso de ódio e rivalidade. Também não devemos politizar a tragédia, o crime, o ódio e a intolerância. Que possamos passar pelo processo eleitoral com tolerância, respeito e civilidade, nós eleitores não devemos nos preparar para uma guerra, mas para uma grande festa cívica onde decidiremos quem nos representará pelos próximos quatro anos.

Cedric Darwin é mestre em Direito e advogado.