Entre tantas datas celebradas no mês de junho, há uma em especial que nos leva a refletir, ou pelo menos deveria, sobre o quanto é importante aceitarmos a diversidade, e que todas as pessoas sejam incluídas e tenham voz na sociedade: hoje, 28 de junho, é Dia do Orgulho LGBT . Claro que assim também ocorre com outras datas, como no dia 15 de junho, quando reforçamos a conscientização da violência contra a pessoa idosa.

O preconceito é um tipo de violência e deve ser combatido, seja o que chamamos de idadismo, relacionado à idade, afetando não apenas idosos, como também jovens, e ainda a lgtbfobia, em que a agressão por vezes supera a fala e parte para as vias de fato, infelizmente não raro causando a morte das vítimas.

Falando em mortes, chama a atenção os dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. O balanço de ocorrências policiais registradas em maio aponta um crescimento de mais de 80% no número de homicídios no Alto TietÊ em relação ao mesmo período do ano passado. E como destaca a reportagem, aumentou também o número de roubos e furtos de veículos, embora levando em conta roubos gerais, o índice tenha caído.

Mesmo com tantas operações policiais sendo realizadas recentemente, é preocupante o que os dados revelam. A violência vem crescendo nas cidades da região, e fazendo cada vez mais vítimas. É preciso reivindicar mais investimentos no setor, como fez recentemente a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes com a indicação para a criação de dois novos distritos policiais para a cidade, que, apesar dos mais de 500 mil habitantes, conta apenas com quatro unidades.

Combater a violência é papel do Estado, quando falamos dos dados revelados pela Segurança Pública, é preciso investimento no efetivo e na estrutura policial de forma geral para proporcionar a devida segurança a todos. Porém, quando a violência é reflexo do preconceito contra determinado grupo, da falta de empatia, o problema é nosso. Precisamos abrir espaços e diferentes frentes na esfera pública e também na iniciativa privada que possam ser ocupados por todos.