A última liberação do Cadastro Geral de Empregado e Desempregado (Caged) mostrou uma oscilação na criação de vagas para o setor de Prestação de Serviços no Alto Tietê. Enquanto umas cidades criaram postos de trabalho no setor, outras extinguiram vagas.
Entrevistados ouvidos pela reportagem informaram que esta oscilação deve estabilizar a partir dos próximos meses, isto é, se a economia voltar a crescer a partir deste mês de uma forma mais robusta, mas de maneira que se sustente. Em anos anteriores temos visto esse crescimento, todavia ele raramente se mostrou forte para continuar, nos próprios dados do Caged mesmo, o crescimento na criação de novas vagas se mostrou muito mais como um voo de galinha do que algo que mostre firmeza e confiança, de um jeito que saberíamos que no mês seguinte este crescimento seria contínuo, embora sustentável.
Sim, pois, não adianta um crescimento extraordinário durante um período, mas no seguinte os números se mostrarem pífios, isso já ocorreu com o setor de imóveis nos Estados Unidos há duas décadas: houve um "boom" na compra de casas e apartamentos, mas a economia não deu conta tanto financiamento, os compradores não conseguiram pagar as prestações e o resultado foi quase um colapso do sistema.
Por aqui se espera que o emprego e a economia possam encontrar seus respectivos caminhos, mas um ao lado do outro, porque um deve puxar o outro segmento para se manter. Isso ocorrendo, os prognósticos para os meses vindouros são mais otimistas, ainda mais se um novo governo for eleito ser o que fomenta o trabalho e o incentive, mas que fique claro que é preciso incentivar o emprego formal, na informalidade, o trabalhador não tem seus direitos garantidos, além de o governo não recolher os tributos necessários.
Como já falamos outras vezes neste mesmo espaço, ainda é cedo para este crescimento do emprego se concretizar, ou até mesmo para se mostrar um novo voo de galinha, mas o certo é que ele deve ser estimulado, afinal, tudo funciona como uma cadeia produtiva: um cidadão com um emprego garantido consome mais, compra mais, e faz a tal da roda da economia girar.
