Ainda que positivo, a criação de empregos formais em janeiro passado, aqueles que são feitos com carteira assinada, apresentou recuou em relação ao mesmo período de 2021. Foi o que mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão no Ministério do Trabalho. Segundo os dados liberados, em janeiro de 2021 foram 1.709 postos criados, enquanto que há dois meses foram 1.085 vagas confirmadas, o que mostra uma diminuição de 36,5%.

A queda entre um ano e outro é maior do que um terço, entretanto ainda não deve haver motivo de preocupação para a geração do emprego deste ano. Certamente, logo no primeiro mês, receber essa informação pode assustar e achar que todo o ano de 2022 está comprometido, mas existem alguns pontos que podem ser levados em consideração para acreditar que este ano pode melhorar, mas não decolar.

Um dos fatores que podem fazer acreditar em uma melhora é a vacinação maciça contra o coronavírus (Covid-19), com boa parte da população economicamente ativa já na fase de reforço da imunização. Dados estaduais também apontam para redução de internações e mortes pela doença, apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda informar que falta muito para o fim da pandemia, dado os problemas enfrentados por países africanos, que têm baixo contingente de pessoas vacinadas, ou seja, o vírus continua circulando.

Mas voltando ao Brasil, caso o vírus seja de fato controlado, há possibilidade de uma maior abertura para a criação de novos empregos, já que a restrição ficará menor.

Mais um ponto que pode favorecer o crescimento do emprego formal no país são as eleições, marcadas para outubro. Um novo presidente, seja ele quem for, poderá arejar as expectativas sobre o Brasil e elevar a confiança de investidores, além da confiança na própria economia. No entanto, estes são apenas parâmetros que podem contribuir para um ano melhor, mas no frigir dos ovos, do que jeito que as coisas estão, com guerra na Europa, é ver para crer.