Hoje começa a valer o novo valor da tarifa de ônibus municipal em Mogi das Cruzes. O preço que será praticado a partir de hoje é de R$ 5. Em Suzano e Poá, os valores foram reajustados ainda no ano passado.
É compreensível que o valor seja reajustado após um ano completamente atípico na economia, muito por causa das finanças, o coronavírus e os mandos e desmandos (mais desmandos) do governo federal para tentar melhorar a situação dos brasileiros. O preço dos combustíveis aumentou uma enormidade, até os valores do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), que costumam cair a cada ano, estão mais caros em razão da inflação e do próprio preço dos veículos.
Mas o preço, com o perdão do trocadilho, cai sobre os trabalhadores. Apesar da inflação, IPVA, combustíveis e passagem, o valor dos salários não subiu, mal acompanhou a inflação. Para se ter uma ideia, para encher o tanque de gasolina de um carro, um brasileiro gasta cerca de um quarto do salário mínimo, alguma coisa deve estar errada.
Ao menos no que diz respeito ao transporte público de massa, como são os ônibus, e isso de uma forma geral, não somente em Mogi, mas em todas as cidades da região, é esperado que o usuário possa ter conforto dentro dos coletivos e certeza do horário para não se atrasar para chegar em um compromisso, ou simplesmente ir para casa.
O mesmo deve ser aplicado às linhas 11 e 12 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que cortam a região. É certo que o sistema melhorou muito desde o começo do século, no entanto as falhas ainda irritam os passageiros dos transportes sob trilhos. É esperado que os trens, e incluímos aí o Metrô, já que muitos trabalhadores do Alto Tietê também se valem desse sistema, possam oferecer cada vez mais um serviço de excelência e diminuir cada vez mais o tempo do trabalhador dentro dos vagões.
Para os ônibus de Mogi e região esperamos que essa qualidade também possa ser alcançada daqui a algum tempo, independentemente do valor cobrado em cada cidade do bloco regional.