Fim de ano chegando e, como de costume, é momento das câmaras municipais acelerarem a votação de projetos importantes, para que se inicie um novo ano de trabalho com menos pendências. Em Mogi, os parlamentares votaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA). O mesmo ocorre em outras cidades, como Suzano, onde os vereadores fizeram sessão extraordinária para votar o projeto.

Nesta semana, o Legislativo mogiano aprovou a lei 135/2016, de autoria do então prefeito Marco Bertaiolli (2008-2016), que tratou da obrigatoriedade de elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) e Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV). O texto, que chegou a ficar dois anos parado por falta de pareceres técnicos na Câmara, foi reativado na atual gestão da Mesa Diretora em uma parceria com o Conselho Regional de Engenheiros e Agrônomos (Crea-SP). "A nossa cidade é grande e sente o impacto de obras, como um supermercado que muda o trânsito de toda uma vizinhança. Foi um exemplo de nossa evolução", atestou o presidente da Câmara, Otto Rezende.

Além da importância do EIV para melhor organizar os espaços na cidade, o projeto poderá auxiliar na luta contra o pedágio que poderá ser instalado na altura do km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88). Mesmo sem motivos para comemorar com muito entusiasmo, a negativa da Justiça para o projeto de implantação de uma praça de pedágio na ligação, formulado pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), já trouxe uma sensação de que Mogi das Cruzes está viva na batalha.

Este primeiro sinal positivo, em mais de dois anos, ocorreu em junho, e deu ânimo à sociedade civil e moral aos políticos locais envolvidos nessa luta. Há quem dê a batalha como perdida, mas esse é um dos casos em que se faz necessário embarcar, acreditar e cobrar os políticos que prometem ir até a última consequência para impedir o pedágio na rodovia. Principalmente agora, com mais uma ferramenta aprovada na Câmara.