Milhares de crianças retomaram as atividades presencias nas escolas municipais na região. Só em Mogi das Cruzes, na última semana, mais de mil crianças voltaram a ser atendidas nas unidades, na Vila São Sebastião, Jundiapeba, Socorro, dentre outros bairros. Segundo o prefeito Caio Cunha (Pode), com uma nova metodologia de ensino aplicada, o objetivo para os próximos anos é aprimorar o material didático utilizado pelos alunos. Paralelamente, existe também o compromisso de reduzir a fila de crianças que se encontram fora da rede de ensino e que aguardam por vagas. A tarefa não é fácil, já que a promessa é zerar a fila até o final do mandato, ou seja, 2024.

O compromisso da Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes, em números, é com 1.740 crianças que buscam matrícula nas creches municipais. O prefeito Cunha garantiu que este é um dos principais compromissos no setor, mas evidentemente, essa não é uma demanda exclusiva de Mogi. Uma falha grave.

Ferraz de Vasconcelos, por exemplo, até o ano passado, possuía, 1.510 crianças fora da rede de atendimento educacional em idade de creche. Panorama parecido existe nas demais cidades do Alto Tietê. A capital paulista tem mais de 2,6 mil crianças na fila de espera por uma vaga em creches, de acordo com a Prefeitura. A logística para encaixar os alunos não é simples, pois é necessário que a administração municipal disponibilize unidades de ensino que atendam a todos os bairros, caso contrário, fica difícil a locomoção dos pais que trabalham fora.

O trabalho é árduo e, durante a pandemia, ficou mais complicado organizar essas enormes filas. Mesmo assim, é necessário que o trabalho continue. Imaginar todas as crianças nas escolas não pode ser um sonho. Com força política, é possível reverter esse quadro. Com a pandemia da Covid-19 mais controlada e o retorno das atividades comerciais e educacionais, é hora de voltar a cobrar resultado na Educação dos municípios, já que, sem dúvida, se trata de uma das prioridades do país.