O imaginário não é algo com o qual se nasça: é algo submetido a permanente reconstrução. No batalhar, se enriquece, como desdobramento de cada experiência: na casa, na rua, no trabalho, na escola. Surpreenda-se: cada situação em que algo nos modifica, mesmo sem consciência de tal.
Em nossas andanças somos artistas a esculpir a mais bela figura ou a pintar a mais bela tela no quadro de nossos sonhos. Desenvolvemos requintada maestria na arte de sonhar. No entanto, existe um fator limitante a toda essa maré de sonhos: a dúvida.
Em qualquer situação, ao se perceber apenas aquilo que qualquer um pode ver, pode-se afirmar que tanto se é um representante da cultura, quanto uma vítima dela. Isto oferece espaço para dizer que a opção por ser bom representante implica na inquietação que se coloca em tudo. Uma característica das pessoas questionadoras e prospectivas, as que duvidam de muita coisa, sempre a conferir normas e consensos, se respeitáveis ou não. Aventureiras no campo mental e material: em sua maioria solertes empreendedoras.
A qualidade de uma pessoa diz respeito a como ela reage à variabilidade presente em tudo que vive. Quando se sabe que essa variabilidade é inevitável, sente-se que a humanidade vive séria crise de percepção. O esforço para se obter qualidade deve levar à leveza, caracterizada, em meio à variabilidade, em quem, crítico, não leva tudo a sério demais, sem se traduzir em superficialidade. Pessoas que mantêm o bom humor com mais facilidade sabem melhor aprender com as lições de liderança, participação e avaliação, para manter a variabilidade sempre sob controle e, naturalmente, com mais possibilidade de rirem mais de si mesmas.
Quando se aprende a confiar na própria voz e permitir que o poder criativo se manifeste, pode-se direcioná-lo para tomar sábias ações e ricas iniciativas. Assim de posse, do ferramental básico para realizar qualquer sonho. Por exemplo: conhecer as entranhas do inusitado, ser o primeiro brasileiro a ganhar um prêmio Nobel, porque o IgNobel todos os nossos políticos, de tudo fazem, para merecê-lo.
