Até que demorou, mas prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo se reuniram na sexta-feira para tratar de um possível aumento no preço das passagens dos ônibus municipais. Se isso for confirmado, a elevação deve ocorrer já no ano que vem. O principal motivo para essa alteração é o aumento no preço do diesel, que vem em um disparada desde o começo do ano, sofrendo uma alta acima dos 60%.

Neste pacote, para desespero de quem precisa utilizar o sistema público de transporte, o Estado deve reajustar o preço da passagem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, que possuem integração com ônibus municipais e intermunicipais, aliás, deve sobrar também para a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU).

Com e elevação dos preços dos combustíveis, na verdade de tudo, acaba até sendo natural o aumento nas passagens, o problema está na renda da população, que não sobe com a inflação. O que se comprava com R$ 100, o que já não era muita coisa, não se compra hoje, e os salários continuam estagnados.

Certamente muito dessa estagnação se deve à pandemia de coronavírus (Covid-19), que achatou o emprego e muito se perdeu para impedir a disseminação do vírus, o que nada tem a ver com o aumento dos preços, que por muitas vezes ocorrem para segurar os produtos, mas a população está sem dinheiro.

Os combustíveis, nesse papel, são reajustados com base no preço internacional, mas com a bagunça capitaneada pelo governo federal, o dólar avança sobre o real e os preços sobem ao sabor da moeda americana e do barril do petróleo vendido no mercado mundial. Trocando em miúdos, o brasileiro, e isso incluiu os do Alto Tietê, estão recebendo em real, com a inflação corroendo o poder de compra, e pagando as contas em dólar. Isso arrebenta qualquer um.

Os rumos precisam mudar, não se pode confiar em um governo federal que só faz bagunçar o que deveria liderar. Para 2022, quando a campanha eleitoral ferver, será a vez de pensar com a cabeça, não com o fígado, sobre os nomes dos candidatos à disposição para o Palácio do Planalto e dos Bandeirantes. Quem perde com governantes ruins é sempre a população mais pobre.