Começa hoje o toque de recolher no Estado de São Paulo das 23 às 5 horas. A medida, a princípio, valerá até o dia 14 de março, com o objetivo de tentar conter o avanço da pandemia de Covid-19. De fato, chegamos a um recorde de internações por conta da doença no sistema hospitalar do Estado de São Paulo, e algo deve ser feito, muito embora, não há garantia que teremos uma diminuição significativa no número de casos. É torcer para quem pensa assim, esteja equivocado.
Mas, e quanto à fiscalização? Como será feita? Ainda há muitas lacunas nesta informação. Haverá multa? Notificação? E quem se desloca no período noturno, se encaminhando ou voltando do trabalho? Como será a abordagem?
A fiscalização, desde o início da pandemia, é falha. Compreensível, até certo ponto, já que não se trata de uma tarefa fácil. Conforme apuração do repórter do Grupo Mogi News, André Diniz, as cidades mais populosas do Alto Tietê mostraram-se favoráveis à aplicação do toque de restrições, sendo assim, é hora de planejar ações para monitorar os pontos com maior incidência de aglomeração durante esse quase um ano de pandemia.
Quem circula pela região sabe que há pontos críticos, inclusive nas regiões centrais e mais nobres das cidades. Até agora, quando há pequenas aglomerações em praças, inclusive em Mogi das Cruzes, durante o período noturno, os carros da Guarda Civil Municipal fazem a ronda, mas ninguém é notificado e nem obrigado a deixar o local, mesmo sem o seguimento de nenhuma regra de restrição, como uso de máscara e distanciamento social. Como será a atuação partir de agora? Sem dúvida, haja trabalho para a fiscalização daqui para frente.
É preciso lembrar que no ano passado, guardas foram brutalmente atacados no Parque Botyra, próximo ao prédio da Prefeitura de Mogi. Casos como este devem ser lembrados agora, em momento de se pensar em estratégias de atuação no setor da Segurança Pública. Quem ignora as regras do combate à pandemia também poderá ter coragem de gerar enfrentamento com os guardas. Uma multidão inconsciente é capaz de tudo.