Levantamento feito pela reportagem do Grupo Mogi News, na terça-feira, apontou que cerca de 14 mil idosos nas cinco cidades mais populosas do Alto Tietê recebem o Benefício de Prestação Continuada (BCP) do governo federal. O valor, de R$ 1.045, é pago a quem já ultrapassou os 65 anos e que não possui nenhuma outra renda, ou para qualquer pessoa que não consiga trabalhar e manter a independência financeira em razão de alguma deficiência.
A crítica para cima do BCP já encontrou ecos em algumas camadas da sociedade porque o benefício é pago para pessoas que nunca contribuíram com a Previdência Social, ou contribuíram muito pouco a ponto de não ter direito à aposentadoria e, portanto, não deveriam receber o valor a elas destinado.
Tomando como base o Estado de São Paulo, o mais densamente povoado do Brasil, a expectativa atual, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados (Seade), é que existam 44,6 milhões de paulistas, de nascimento ou vindo de outros estados. Neste universo de pessoas, que é maior do que a população da Argentina e do Canadá, 6,83 milhões estão acima dos 60 anos, ou seja, 15,3% da quantidade de habitantes do Estado.
Daqui a duas décadas esse número será maior. São Paulo deverá abrigar 47,2 milhões de habitantes, 5,74% a mais do que existe agora, no entanto, a quantidade de moradores sexagenários saltará dos 6,83 milhões para 14 milhões, um aumento de 105% em 20 anos.
Trocando em miúdos, isso quer dizer que o número de pessoas morando no Estado não irá crescer tanto, porém, a quantidade de pessoas acima dos 60 anos mais do que dobrará, e é aí que entram os benefícios para pessoas com mais idade.
Não será todo mundo que irá conseguir trabalhar por um bom período a ponto de garantir a aposentadoria pelo governo ou por meio de contribuições para previdência privada, é por isso que, os invés de serem criticados, programas como esses precisam ser aperfeiçoados, caso contrário, poderemos ter uma grande populações de idosos sem recurso para garantir seu sustento.