O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem em discurso transmitido na Cúpula da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), que rechaça "de forma veemente" o que chamou de "cobiça internacional" sobre a Amazônia brasileira. Ele prometeu "defender" a região de "ações e narrativas que agridam os interesses nacionais".
No pronunciamento, Bolsonaro repetiu termos que já haviam aparecido na sua reação a uma declaração do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, como "cobiça" e "soberania". Em debate com o presidente Donald Trump na noite de anteontem, Biden disse que, se eleito, iria reunir países e doar US$ 20 bilhões para a proteção da região amazônica. Sem mencionar o governo brasileiro, acrescentou que, se a destruição do bioma continuasse, haveria "consequências econômicas significativas".
"Na Amazônia, lançamos a Operação Verde Brasil 2, que logrou reverter, até agora, a tendência de aumento da área desmatada observada nos anos anteriores", discursou Bolsonaro, sem detalhar a medida usada. Em agosto, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) detectou 1.499 km² de desmatamento na Amazônia Legal, alta de 68% em relação a agosto de 2019.
Bolsonaro apontou ainda que, no Pantanal, o governo federal teria fortalecido a "integração entre as agências governamentais, com o apoio das Forças Armadas", para combater de forma coordenada os focos de incêndio. (E.C.)