Já virou lugar comum dizer que a pandemia de coronavírus (Covid-19) modificou a rotina do mundo inteiro. A possibilidade de infecção para uma doença que não tem uma vacina ainda pronta - há estudos em desenvolvimento para isso -, ou mesmo um remédio que tenha eficácia comprovada para tratar essa enfermidade, é algo sério e merece toda a atenção que vem recebendo. Portanto, a melhor saída é evitar o contato com outras pessoas o máximo possível, além das características máscaras e frascos de álcool em gel.
As eleições municipais também foram diretamente afetadas pela pandemia. Maior prova disso é que o pleito, tradicionalmente realizado na primeira semana de outubro, teve o primeiro turno remarcado para 15 novembro e, 29 do mesmo mês, caso haja, o segundo turno.
O jogo eleitoral, onde os políticos vão às ruas fazer o corpo a corpo com o eleitor, passar na padaria e tomar um café, ou até mesmo dar uma chegada na feira do bairro e comer pastel junto à população, terá lugar na internet em lives com os correligionários. Isso já começou a ser visto no domingo passado no Alto Tietê, durante o primeiro dia de campanha dos partidos. Uma das ferramentas mais utilizadas neste primeiro dia foi o celular, hoje um verdadeiro escritório móvel, e não mais o palanque físico.
Ainda vai existir o jeito antigo de conquistar o eleitor, como a própria caminhada pelo bairro para apontar as soluções para problemas que saltam aos olhos, mas é certo dizer que e a eleição deste ano será disputada de forma online e aquele que conseguir prender a atenção do eleitor em frente à tela do computador, tablet ou celular pode ter a vantagem, como já ocorreu nas eleições para a presidência, que elegeu o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro.
Embora a escolha de um prefeito seja menos polarizada do que uma eleição para presidente da República, que mobiliza mais de cem milhões de eleitores para um único cargo, o pleito deste ano promete ser o mais virtual da história e deverá dar o tom para as próximas campanhas. Se isso vai ser bom ou ruim, se vai aproximar o eleitor do candidato e fazer com que este consiga ter mais consciência na hora do voto, isso é outra história.