No novo programa habitacional do governo federal, as famílias mais pobres, que têm renda mensal de até
R$ 2 mil, poderão ser atendidas com o financiamento de juros reduzidos, com uma unidade subsidiada, como nos moldes do Minha Casa Minha Vida (MCMV), ou ainda com a regularização fundiária e pequenas reformas em suas casas. A carteira de possibilidades para o chamado "grupo 1" do Casa Verde Amarela foi explicada pelo diretor do Departamento de Produção Habitacional, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Helder Melillo, no entanto, os integrantes da pasta não especificaram qual será o subsídio aplicado a cada grupo de renda.
Diferente do MCMV, o novo programa não será mais composto de faixas. A divisão será a seguinte: No grupo 1, o governo quer atender famílias com renda mensal de até R$ 2 mil; no grupo 2, de R$ 2 mil a 4 mil; e no grupo 3, até R$ 7 mil.
Segundo Melillo, no caso dos grupos 2 e 3, as famílias vão poder acessar o financiamento - com taxa de juros um pouco maior -, ou a regularização fundiária apenas, sem combiná-la com o braço de pequenas reformas que terá o programa. "Cada grupo tem uma ação específica, quanto menor a remuneração maior o subsídio e o número de programas", afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Marinho afirmou ainda que o conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) já decidiu pela redução gradual do aporte de R$ 9 bilhões que é previsto anualmente para o pagamento de subsídios do programa habitacional. Ao longo de quatro anos, esse valor será reduzido até chegar a R$ 7,5 bilhões.
"Em função dessa repactuação do subsídio, nós propusemos as mudanças, que mesmo com aporte menor de recursos de subsídios nós possamos ofertar número maior de unidades habitacionais", disse o ministro. (E.C.)