Depois de muito tempo aprende-se a sutil diferença, entre dar a mão e aprisionar uma alma. Lembrando que viver, em essência, nunca é fácil! Aprender a amar não significa dispor de algo para se apoiar, e nem toda companhia significa segurança.
Aprende-se que beijos não são contratos e presentes, não são promessas, só manifestações de descoberta. Aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos postos no horizonte, com a graça e a altivez de um adulto e não com a intolerância e a capitulação de uma criança!
Depois de muito tempo aprende-se que o sol queima ao se ficar por demais exposto a seus raios. Que nem toda nuvem negra é sinônimo de borrasca: pode ser antecâmara da chuva benfazeja que vai beneficiar as plantas!
Depois de muito tempo descobre-se que se leva anos para estabelecer confiança e apenas segundos para destruí-la, e que se pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende-se que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que se tem na vida, mas o que se obtêm da vida. E que bons amigos são família que nos permitiram escolher.
Depois de toda essa tomada de consciência, não se pode deixar de lembrar que cada um pensa em mudar a humanidade, mas poucos pensam em mudar a si mesmos. Por isso paciência requer muita prática! Aprender que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende-se que o ser humano não é totalmente impotente. Aprende, que não importa o quanto se possa importar: existem pessoas que simplesmente não se importam! Aprende que educar-se é travar um combate contra tudo aquilo que quer esmagar o homem! E por meio desta sábia saída, aprende-se que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo e que todo gesto nobre se prepara no silêncio de educado coração, da mesma maneira, que uma grande obra!