O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou ontem que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se propôs a "acompanhar mais de perto" a aprovação da vacina coronavac, que vem sendo desenvolvida pelo instituto em parceria com a chinesa Sinovac, e que está na fase de testes em humanos no Brasil. De acordo com ele, houve "concordância imediata" pelo presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres, para que quando fossem apresentados os resultados da fase 3, não houvesse nenhum tipo de demora na emissão do registro da vacina.
"Levamos resultados adicionais de estudos de segurança produzidos na China, que mostrou um perfil de segurança muito próximo da nossa vacina da influenza", afirmou Covas. Ele afirma que, até o momento, os estudos chineses sobre a coronavac já foram feitos com 24 mil voluntários e que houve registro de apenas 5% de efeitos colaterais, 3% de efeitos mais graves (dor no local da aplicação) e apenas 0,18% de manifestações febris.
De acordo com Covas, foram solicitados investimentos nos valores de R$ 85 milhões para os estudos avançarem mais rapidamente, R$ 60 milhões para reestruturação da fábrica do Butantan e uma quantia extra para o fornecimento das doses, ainda sem valor definido. 
O cronograma previsto por Covas é de que o Butantan entregue 45 milhões de doses da coronavac ao SUS em dezembro deste ano, 60 milhões até março e 100 milhões em maio do ano que vem. (E.C.)