Quando ocupei o cargo de secretário da Educação de Mogi das Cruzes, ouvi certa vez de um secretário que o prefeito Waldemar Costa Filho, não era "o cara durão" como todos imaginavam. Era um espírito bom e sensível. Estava sempre disposto a ajudar.
Certa ocasião, crianças especiais (com problemas mentais) visitaram o gabinete do prefeito e ele ficou muito emocionado. Após conversar com elas, serviu balas e lanches às crianças e depois desapareceu. Foi encontrado no banheiro em lágrimas, devido ao estado daquelas crianças, a emoção o abateu. Há uma história linda que se conta na Tailândia e que se refere ao Buda de Ouro, narrada por Jack Confield: "um grupo de monges teve que transferir um buda de argila do templo, porque o mosteiro ia dar lugar a uma via expressa". "Quando o guindaste levantou a gigantesca estátua, esta começou a rachar. Então, a colocaram no chão e a cobriram. À noite o monge foi verificar como estavam os estragos. Foi então que notou umas pequenas luzes brilhantes, saindo do buda. Com um cinzel e um martelo começou a tirar lascas de argila e foi descobrindo uma linda estátua gigantesca de ouro. O buda era de ouro e foi mantido assim por séculos para evitar os invasores".
Somos todos como o buda de argila. Cobertos com uma camada bruta criada pelo medo e por nossas inseguranças. No entanto, sob essa camada existe um buda de ouro, que é nossa essência sublime, o nosso eu verdadeiro Eu ou essência divina que habita o no interior.
Assim era o prefeito Waldemar, que muitos o chamavam de um homem brutal, mas somente quem conviveu com ele conhecia e sabia de suas histórias de humanismo. Waldemar não era um buda, mas dentro de si havia uma essência de ouro e de bondade. Realmente nos enganamos com as pessoas e não podemos julgar pelas aparências. Faça uma reflexão e analise as forças que habitam o seu interior. Descubra o buda de ouro que está dentro do seu ser e jamais julgue quem quer que seja pelas aparências.