Um senador e dez deputados bolsonaristas tiveram o sigilo bancário quebrado por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Assinada em 27 de maio, a decisão tornou-se pública ontem, quando a Polícia Federal (PF) cumpriu 21 mandados de busca e apreensão contra um parlamentar, políticos ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, além de blogueiros e youtubers que apoiam o governo federal.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) os investigados teriam agido para "financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional". O objetivo deste inquérito é descobrir quem está por trás de manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo, além da volta do AI-5, medida mais dura da ditadura militar. Em 19 de abril, o presidente Bolsonaro chegou a discursar em um ato do tipo, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. (E.C.)