O corpo e suas habilidades sensoriais, é verdade que temos muitos receptores para nossa percepção corporal, só que desta vez estarei falando da importância do olhar para nós mesmos a tão conhecida auto-avaliação visual.
O olhar é o ponto de partida para iniciar a internalização das sensações, uma vez que os olhos permitem receber referências vindas do exterior, colaborando para uma sensação de alinhamento ou desalinhamento do corpo.
Quando provamos uma roupa nova, executamos uma série de posição diante do espelho, para analisar se ficou bem alinhada e agradável aos olhos. É comum perceber que às vezes o tecido da roupa fica mais caído para frente, para trás ou mesmo para os lados um lado mais alto que outro e assim vai, são as percepções visuais que externamente procuramos olhar em todos os ângulos possíveis. E é claro a própria roupa por meio de estímulos que produz no contato com a pele, pode nos dar a sensação do caimento adequado.
Só que desta vez estamos focando no estimulo visual com o nosso próprio olhar. E porque não experimentar a observação do seu próprio corpo com o mesmo olhar que você adota diante do espelho ao experimentar uma roupa nova?
Praticando esse estímulo visual a nós mesmos é possível reconstruir a trajetória do desenvolvimento motor, através da reeducação do movimento corrigindo os desequilíbrios e as compensações corporais. Estímulos que são captados através da visão de forma corretiva são direcionados ao cérebro propondo adequações que tentará solucionar os desequilíbrios através de ações musculares e é nessa constante troca de informações, os dois sistemas (periférico e central), afetam-se reciprocamente. O nosso próprio olhar pode ser nosso tratamento.