Após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, na tarde de ontem, o governo discute detalhes de um habeas corpus preventivo ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, que foi convocado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar depoimento na Polícia Federal após ameaças aos integrantes da Corte. A estratégia de enfrentamento ao Supremo foi traçada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça.
Weintraub disse, em reunião ministerial do dia 22 de abril, que, se dependesse dele, "botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF". O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, viu indícios de práticas de delitos como difamação, injúria e crime contra a segurança nacional por parte do titular da Educação e deu cinco dias para que ele preste depoimento à Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news.
De acordo com auxiliares de Bolsonaro, a divulgação de uma nota conjunta rechaçando a atuação da Corte - após a operação da Polícia Federal que teve como alvos blogueiros e empresários bolsonaristas - também continua sendo discutida no governo. (E.C.)