O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, decidiu reforçar o controle nas fronteiras com o Brasil. A preocupação é com a situação de cidades binacionais e fronteiriças onde existem casos de Covid-19 do lado brasileiro, e não no uruguaio.
Lacalle Pou esteve ontem no departamento de Cerro Largo, acompanhado pelo ministro da Defesa, Javier García, e pelo comandante em chefe do Exército, Gerardo Fregossi. Eles visitaram o destacamento militar localizado na cidade de Noblía, perto de Aceguá, fronteira com Brasil. As visitas fazem parte da estratégia de percorrer a fronteira e reforçar as medidas de controle, colocando autoridades sanitárias permanentemente nas zonas limítrofes, e desenvolvendo um protocolo preventivo para proteção da população uruguaia.
"Maior atenção, cautela, cuidado, presença sanitária uruguaia na fronteira, porque sabemos que existem infecções. O grande problema é evitar uma infecção maciça para que a capacidade de saúde do país não fique saturada. Hoje, felizmente, estamos muito longe dessa saturação", disse o presidente uruguaio.
O assunto foi tema de uma reunião, anteontem, entre Lacalle Pou e vários auxiliares, entre os quais o secretário da Presidência, Álvaro Delgado; o secretário adjunto, Rodrigo Ferrés; os ministros do Interior, Jorge Larrañaga, e da Saúde, Daniel Salinas; o chanceler Ernesto Talvi, e o presidente da Administração de Serviços de Saúde do Estado, Leonardo Cipriani.
O ministro da Saúde visitou ontem as cidades de Artigas e Bella Unión para trabalhar na coordenação entre os sistemas de saúde público e privado do Uruguai e do Brasil. Na última segunda-feira, a cidade de Rivera foi visitada. Río Branco e Chuy serão inspecionadas proximamente.
O Uruguai tem seis cidades fronteiriças com acesso a municípios brasileiros: Rivera (no Uruguai) e Santana do Livramento (Brasil); Artigas e Quaraí; Río Branco e Jaguarão; Bella Unión e Barra do Quaraí; Chuy e Chuí; Aceguá e Aceguá. (A.B.)