O Brasil é um país carcomido em seus alicerces, apodrecido em suas entranhas, sem administração convincente à majestade de nação-continente, onde, parece, para regozijo de alguns, tudo de mal acontece.
Independentemente de ter causado revolta, não me insurjo contra o procedimento de um gestor que, em plena crise social, com notícias de famílias sendo dizimadas e irmãos morrendo, substitui frustrado churrasco, por passeio de moto aquática no ensolarado Paranoá; nem me refiro à secretária da cultura, que minimiza os féretros-"gente morre todo o dia", ao tempo em que, anunciando não carregar consigo cemitérios, faz cântico de louvor endeusando a abjeta ditadura de 1964; muito menos, analiso a odiosa atitude de militares que, embora recebendo seus soldos, apossam-se "astuciosamente", de misera verba alocada para prover as mesas vazias de trabalhadores informais - ou outros que, por qualquer motivo foram desempregados -, condenando, quem sabe, à inanição tantos e tantos.
Questões relevantes ao extremo que nos levam ao caos atual, deveriam, ao menos, merecer consideração dos que se intitulam seres pensante! O que me causou asco; o que repercutiu tristemente no âmago de meu ser; foram as falcatruas cometidas por componentes de Policias Militares, Bombeiros Militares e Exército, entre eles tenente-coronel, e exposta em manchete, que relata o fato de, ao menos quinze vezes os componentes da Força, terem usado de facilidades inerentes aos cargos, para furtar de material bélico, repassando-o às organizações criminosas que nos aterrorizam.
E, assusta mais, saber, conforme a matéria que granadas, munições à rodo - um certo capitão e sua mulher, com patente de tenente, de uma só vez, abasteceram clubes de tiros cariocas e ainda foram encontrados com mais de 1500 munições em veículo que os conduzia. Se até as casernas lidam com bandidos de tais naipes contribuindo com a quebra da lei e da ordem, com quem podemos contar?
Foi uma boa hora para Bolsonaro acabar com o controle sobre munições!