O recém-nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, agradeceu na manhã de ontem, pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela indicação ao cargo. A nomeação de Mendonça foi oficializada na edição de ontem no Diário Oficial da União. Em mensagem no Twitter, o ex-advogado-geral da União destacou que continuará "desenvolvendo o trabalho técnico" que pauta sua conduta.
"Meu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida. Conto com o apoio do povo brasileiro! Que Deus nos abençoe!", escreveu.
Mendonça assumiu o lugar de Sergio Moro, que se demitiu na última sexta-feira. Com a mudança, Jose Levi, até então na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, fica no comando da AGU.
O primeiro cogitado ao cargo na Justiça foi o atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira. A proximidade de Oliveira com a família Bolsonaro, contudo, foi o principal entrave para a sua nomeação. Ontem, também pelas redes sociais, Jorge Oliveira parabenizou o presidente pela escolha de André Mendonça, a quem chamou de "amigo".
Polícia Federal
O PDT impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a posse de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Uma das alegações que sustentam o mandado de segurança é a declaração do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de que o presidente da República pretende interferir politicamente na PF aliada ao fato de que Ramagem tem ligações pessoais com o clã Bolsonaro.
Alexandre Ramagem, delegado da PF, entrou para o rol de auxiliares de confiança do Planalto com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ao filho do presidente, é atribuída a nomeação de Ramagem para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em julho do ano passado.
A aproximação entre Carlos e Ramagem, delegado da PF desde 2005, ocorreu durante a campanha eleitoral, em 2018. Na época, o policial assumiu a coordenação da segurança de Bolsonaro após a facada sofrida pelo então candidato em Juiz de Fora (MG). Como chefe da Abin, Ramagem passou a frequentar o gabinete presidencial com frequência.