Conforme os jornais Mogi News e Dat anteciparam na edição de ontem, o governo de São Paulo decidiu tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção no transporte coletivo administrado pelo Estado. Assim, a partir da próxima segunda-feira, passageiros que circularem pelo Metrô, composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), ônibus intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), além do transporte rodoviário fiscalizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), deverão portar o acessório, fundamental na prevenção para conter o avanço da pandemia de coronavírus. A medida também é válida para o transporte dentro da cidade de São Paulo, para táxis e deslocamentos por veículos de aplicativo.
Preocupado com a queda no índice de isolamento social no Estado, que tem andado abaixo dos 50% durante os dias úteis, o governador João Doria (PSDB) busca outras alternativas para fazer valer o decreto de quarentena. Com números baixos de adesão ao confinamento, a saída foi apelar para outras medidas radicais que, se não motivam as pessoas a ficarem em casa, ao menos as obrigam a tomar as precauções necessárias de higienização nas ruas. A ideia do governo é que a decisão de obrigar o uso de máscaras no transporte coletivo do Estado seja absorvida pelas cidades do interior, tornando-se regra em outros pontos e aumentando as condições de prevenção contra a doença.
A liberação para o funcionamento de alguns setores do comércio fez crescer o número de pessoas fora de seus domicílios, o que elevou os riscos de contaminação. Essa tendência também foi constatada em várias cidades do Alto Tietê, que autorizaram o funcionamento das feiras livres, mercados e de lojas específicas.
A quarentena está sofrendo grande pressão, principalmente de comerciantes, para que seja encerrada. Os municípios têm segurado as restrições como podem, mas iniciaram uma flexibilização lenta. Porém, boa parte da população ainda não tomou consciência da necessidade de se proteger e vai às ruas sem utilizar ao menos a máscara. Desta forma, o rigor na decisão do governador Doria se fez necessário.