Sou natural de Vitória e vivo em São Paulo desde 1983. Mas tenho uma relação pra lá de especial com de Mogi das Cruzes, relação essa que teve início em agosto de 1996, quando me tornei professor da UBC.
Desde então a cidade mudou. Saltou de um pouco mais de 300 mil habitantes para os mais de 450 mil em 2020. Mogi vive, portanto, a fase final de transição de cidade pequena para grande. É uma cidade que ainda conserva algumas características de cidade pequena, mas aos poucos vai aprendendo a conviver com as características de uma grande cidade.
Com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) próximo a 0,8 (numa escala que vai de 0 a 1), Mogi está entre as 60 cidades paulistas melhores colocadas. No ranking das cidades brasileiras para se viver, a cidade está entre as cem.
Sua localização é privilegiada já que está próxima de três das principais rodovias do país (Dutra, Ayrton Senna e Fernão Dias), sendo esse um fator muito importante para o desenvolvimento econômico. Parte integrante do "chamado cinturão verde", a região de Mogi é a maior produtora de hortaliças do país. Além das famosas hortas que ornamentam sua área de 713 Km², Mogi apresenta uma economia bastante diversificada e geradora de empregos.
Mas a cidade precisa ter uma atenção para um dos seus grandes problemas: A mobilidade urbana. O aumento da população que vive e circula pelo município, suas ruas extremamente estreitas do centro antigo e a divisão da cidade pela linha do trem precisam ser considerados no debate sobre o futuro da mobilidade. A cidade precisa de um bom planejamento para que os problemas não se acentuem.
Quando completa 460 anos, Mogi também merece uma renovação de suas lideranças políticas. Principalmente com a presença de mulheres nos espaços políticos. Precisamos de bons e competentes representantes. Mas para isso precisamos de votos que sejam fruto de uma cuidadosa pesquisa.
Parabéns, Mogi das Cruzes. Tenho sentimento de pertencimento por essa cidade que tão bem me acolheu.