As recomendações são conhecidas pela maioria da população, mas não custa relembrar. A confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, na cidade de São Paulo, na quarta-feira de cinzas, colocou o país em estado de alerta. A partir desse novo quadro, o Ministério da Saúde e, em efeito cascata, todos os setores correlatos, estaduais e municipais, passaram a reforçar as instruções para se controlar a propagação do vírus, como o cuidado com a higiene pessoal, não compartilhar objetos pessoais, evitar o contato com pessoas doentes e cobrir boca e nariz ao espirrar ou tossir usando o cotovelo ou um lenço descartável, dentre outras precauções básicas.
De acordo com avaliação dos médicos infectologistas, pelo perfil do Brasil como país de características turísticas, tanto de entrada como de saída, principalmente pela festividade recente do Carnaval, a epidemia é iminente e inevitável. Cabe, agora, a conscientização das pessoas para reduzir o impacto da doença, que certamente ocorrerá. A dimensão do problema vai depender da ação de todos, desde a dona de casa no cuidado com os filhos até os profissionais de saúde, que terão a responsabilidade de atender os casos confirmados do coronavírus.
Na região, as secretarias municipais de Saúde foram preparadas para enfrentar qualquer situação suspeita, notificando os órgãos superiores e reagindo rapidamente no atendimento ao paciente e, se necessário, ao seu isolamento. Hospitais particulares e até a Câmara Técnica de Saúde do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) desenvolveram protocolos de prevenção e de ações de emergência. Médicos e colaboradores do setor de Saúde devem, acima de tudo, esclarecer e acalmar as pessoas.
O que precisa ficar bem claro é que não há motivo para pânico, pois, apesar do cenário aparentemente grave de evolução da epidemia no mundo inteiro, a situação está absolutamente sob controle. Neste momento, todos devem ter calma e não entrar em desespero, mas manter o sinal de alerta ligado, tomar os cuidados necessários e procurar as unidades de saúde em caso de qualquer evidência da doença.