A abertura do concurso público para o preenchimento de vagas e composição de cadastro reserva da Prefeitura de Mogi das Cruzes inaugura a temporada de reorganização das administrações municipais, momento que coincide com o ano eleitoral e que serve, prioritariamente, para complementar quadros defasados por mudanças operacionais internas, além de recompor lacunas de servidores aposentados.
As oportunidades são atraentes por representarem a estabilidade na carreira pública, sustentada por salários generosos, e se tornam ainda mais almejadas diante de um mercado de trabalho altamente seletivo com poucas vagas à disposição. Por mais que o cenário trabalhista no país esteja mudando, com o surgimento de novas profissões e uma tendência forte ao empreendedorismo, qualquer cidadão sensato ficaria feliz com uma inserção concursada e o salário garantido todo início de mês. E mais: os benefícios de auxílio-alimentação, vale-transporte e cesta básica são convidativos.
Em Mogi, por exemplo, o Executivo está oferecendo 99 vagas em 38 cargos, cujos salários vão de R$ 1.642,97 a R$ 7.825,26, para candidatos com Ensino Fundamental, Médio e Superior. Apenas na área da Educação, uma das que mais emprega, são dez cargos e 40 vagas, com destaque para Diretor de Escola Municipal, no topo da grade salarial e jornada semanal de 40 horas.
Suzano, por sua vez, realizou um certame no final do ano passado. As condições são muito semelhantes às de Mogi. O processo seletivo abriu 105 oportunidades em 62 funções e vencimentos de R$ 1.531,45 até R$ 8.774,57, também para os três níveis de estudo. Os salários mais altos ficaram destinados a uma vaga para Procurador Jurídico, com 40 horas de jornada, e para um Médico Pediatra Plantonista, com 24 horas de atividades semanais.
Até que o calendário eleitoral permita a abertura de novos concursos públicos, outros municípios do Alto Tietê também devem seguir na mesma trilha. Afinal, as chamadas "ações simpáticas" dos atuais governantes funcionam perfeitamente como eficientes cabos eleitorais.