Apesar de as cidades do Alto Tietê estarem muito próximas umas das outras, é possível encontrar universos distintos dentro da nossa região. É isso que mostra o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), que mensura o grau de desenvolvimento humano dos municípios paulistas.
Criado sob demanda da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com o objetivo de facilitar a orientação das políticas públicas municipais, o levantamento utiliza os mesmos critérios de evolução considerados pelo Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) - este com abrangência nacional.
O IPRS classificou Mogi das Cruzes como um município "Dinâmico", o que significa que a cidade possui elevada riquezas e bons indicadores sociais, como longevidade e escolaridade. O bom índice não é novidade, visto que no levantamento de 2016 Mogi também recebeu avaliação mais alto quando comparada as demais cidades do Alto Tietê.
Enquanto Mogi nada de braçadas com políticas públicas que garantem esses bons resultados, Itaquaquecetuba apanha dentro desse universo, aparecendo como um município em situação de vulnerabilidade, ou seja, está entre os mais desfavorecidos do Estado conforme o IPRS.
O que diferencia essa duas cidades? Inicialmente podemos destacar gestão e arrecadação. Enquanto Mogi contou - e ainda conta - com boas administrações nas últimas décadas, políticas públicas efetivas e uma boa arrecadação, o que lhe garante um Orçamento municipal polpudo, Itaquá enfrentou gestões precárias, denúncias de desvios de dinheiro público e um orçamento insuficiente para atender uma população muito grande e carente.
A escolha do prefeito é outro ponto importante, já que alguns apresentam força política, conseguem investimentos para sua cidade e administram o recurso público com sabedoria, sabendo exatamente como e onde investir.
Essa força política precisa ser vista também nos deputados que são eleitos para representar na Alesp esses municípios, já que são eles que garantem emendas e que podem intermediar bons investimentos.