Seria bom que, nos períodos de comemoração, os criminosos e desordeiros não atuassem. Na verdade, seria muito bom que os crimes e, em consequência, os criminosos nem existissem. Bom seria, ainda, que as pessoas se respeitassem e que as contendas não acontecessem. Ocorre que, longe da aspiração desse mundo utópico, nessas ocasiões, há oscilação na Ordem Pública e os criminosos, aguardando uma oportunidade, não dão trégua.
Pessoas ouvindo suas músicas, querendo, gratuitamente, compartilhá-las com a vizinhança, fazem com que os incomodados ouvintes acionem o aparato estatal para que seus representantes convençam os causadores de que o som não deve ser propagado, o momento é inadequado e o local, totalmente inapropriado. Nesse período é comum, ainda, a concentração de pessoas que buscam as mais diversas formas de diversão e prazer, encontros esses em via pública e sempre acompanhados por uma ensurdecedora "música".
No local, além de danças que lembram o ritual da ave-do-paraíso, o que se vê são jovens incautos tentando se comunicar diante da tamanha interferência do som, situação essa que traz graves transtornos. Esses conflitos, gerados entre os ditos desassistidos em lazer e a necessitada população que descansa, demandam, também, a intervenção estatal, quase sempre não bem recebida pelos primeiros. Durante as comemorações do Ano Novo, com certeza, teremos acidentes, discussões, perturbações e crimes, havendo a necessidade de um grande aparato de servidores, prontos para atender o produto da imprudência, intolerância e da índole humana.
Profissionais da Saúde, da Segurança Pública e outros ligados a serviços essenciais que, infelizmente, estarão longe de seus familiares num momento de especial união. Choram silenciosamente, se solidarizam e se consolam, crentes de que cumprem uma importante missão, o de zelar por todos nós. Que, em nossas orações, roguemos a Deus pela proteção daqueles que, durante a passagem de ano, estarão cuidando da nossa segurança, saúde e bem estar.