Quer queiram ou não, percebam ou não, pela via da sustentação filosófica, o homem age de acordo com o que "é". Por outro lado, ele "é", também na medida do que "faz". Assim, por um lado "é", e por outro lado se torna. O homem não é um ser completo e acabado. E, de fato, cada ação do homem cativa do passado e de um futuro, constrói nele também alguma coisa, de proveitoso ou de danoso.
A maioria dos filósofos define como humano todo ser dotado de razão. Quem é esse homem? É a questão metafísica por excelência. Convém notar igualmente que a definição de homem preocupa os cientistas. Cada civilização, que se realizou na História, apresenta características próprias. Estas características refletem os ideais dos homens que a construíram, construindo-se com elas a si mesmos, pois cada tipo de civilização oferecer certos ideais específicos dominantes no processo de educação. Educação que do ponto de vista histórico, consiste no conjunto de técnicas e de valores de uma cultura, que são transmitidos de maneira institucional à novas gerações.
O homem é, pois permanentemente, a composição de sua natureza manifestada espontaneamente, e de seus ideais elaboradamente assentados. Somos, assim, em parte a expressão do que em nós está impresso pela natureza de nosso ser e de nossa constituição, mas de outra parte somos igualmente o "fruto" daquilo que idealizamos "ser".
Ah a humanidade! Já houve entre todas as velhas, uma velha mais horrível, exceto talvez a verdade, um problema para o uso de filósofos? Velha com o homem como corda esticada entre o animal e o Super-Homem, uma corda sobre um abismo. Homem que não passa de uma cana do brejo, o mais fraco da natureza, mas é uma cana pensante. O homem é nada mais do que o conjunto de sua realização, definindo a cultura onde se acha inserido. Humanidade seria então uma série descontínua de homens livres que se isolam iem sua subjetividade, para dar vazão a um projeto de integração, sua cultura, capaz de beneficiar a todos, para que "sejam"!