Durante o café da manhã, assistindo aos noticiários, me chama a atenção a exposição de um vídeo, que mostrava uma jovem ao lado de seu veículo e próximo a ela um homem. Trocam algumas palavras e o homem se afasta, atravessando a rua e adentrando a um portão de garagem de uma chácara. Simultaneamente, a jovem, conduzindo seu carro, atravessa a rua e ingressa no mesmo portão por onde adentrou o homem.
O vídeo faz parte de uma série de provas, coletadas em uma investigação iniciada após o desaparecimento dela.
Pela distância, a filmagem mostrava a cena desfocada, porém suficiente para constatar que se tratava da jovem desaparecida. Quanto ao homem, nada além da forma que apontava seu gênero. Uma frustração para aqueles que buscam informações e que querem localizar a vítima, encerrando o sofrimento dos familiares.
Na manhã do dia 24, a jovem Mariana, de 19 anos, acompanhada de sua amiga, ao sair da academia de ginástica, constatou que um dos pneus do seu carro estava vazio, ocasião em que compareceu o homem, Rodrigo Pereira Alves, o qual ofereceu-se para trocar o pneu, que ele mesmo e horas antes havia murchado, porém, diante da hesitação de ambas, afastou-se.
Com a saída da amiga, Rodrigo retornou e, novamente, insistiu na ajuda que, após ligar para o pai, mariana aceitou.
Um grave erro. Mariana tinha a amiga e a dispensou. Ao ligar para o pai, esse disse que enviaria um borracheiro, mas ela recusou. Tinha o professor ou os funcionários da academia para auxiliá-la, porém, talvez não querendo incomodá-los, não os procurou. Ao invés disso, aceitou a ajuda de uma pessoa estranha e se deslocou para local desconhecido. Um equívoco que, lamentavelmente, a jovem pagou com a própria vida.
A rua movimentada, a ligação para o pai, as câmeras de segurança e imagem do criminoso trocando o pneu, tirada por Mariana e enviada ao namorado, não foram suficientes para evitar o crime, fruto, infelizmente, das decisões erradas.