Hoje comemora-se o Dia do Professor. Tal data foi oficializada nacionalmente como feriado escolar através do Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963. E o Decreto definia a razão do feriado:
"Para comemorar condignamente o Dia dos Professores, os estabelecimentos de ensino ião promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".
Hoje, 56 anos após o decreto, é triste ver a situação da Educação e dos nossos professores e professoras. No discurso de todos os setores da sociedade, a educação sempre aparece como prioridade. Mas a prática social tem apontado em outra direção.
Parte da nossa sociedade tem buscado desacreditar as instituições educacionais e seus respectivos professores.
Não paramos de colher notícias ruins relacionadas ao tema. Dados de uma pesquisa feita com mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio de 34 países, aponta o Brasil como líder no ranking de violência em escolas. Essa crescente violência é o mais claro sintoma da perda de importância da escola e dos professores perante parte da sociedade.
Pesquisa encomendada ao Instituto Data Popular pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) indica que quatro em cada dez professores da rede estadual de São Paulo dizem já ter sofrido algum tipo violência na escola. Entre os alunos, 28% afirmam o mesmo. Outro estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem indica que somente 12,6% dos professores brasileiros acreditam que a profissão é valorizada pela sociedade, enquanto a média global é de 31%. Tal percentual coloca o Brasil entre os dez últimos da lista nesse quesito.
Com isso, vamos acumulando uma vasta gama de problemas no espaço institucional destinado ao processo de ensino e aprendizagem. E é por tudo isso que devemos olhar com admiração e solidariedade para os homens e as mulheres que se dedicam a essa profissão.