O relatório da Ouvidoria da Polícia de São Paulo aponta fortes indícios de que ao menos 4 das 11 mortes dos criminosos que participaram do roubo a banco em Guararema, em abril deste ano, ocorreram sem resistência por parte das vítimas, ou ainda com os suspeitos já rendidos.
O crime chamou a atenção pelo alto número de criminosos mortos por meio da intervenção da Polícia Militar. A análise foi feita após quatro meses de apuração. O parecer foi tomado com base em estudos dos laudos residuográficos e necroscópicos. Houve ainda a participação de um policial civil, que por meio de seu depoimento, ajudou a finalização do relatório. A morte investigada que demandou mais atenção por parte da Ouvidoria, foi a do criminoso Jean Santos Souza, 42, que fez uma família refém em um sítio na rua Álvaro Campagnoli.
De acordo com o documento, teria ocorrido uma negociação entre o criminoso e um sargento comandante da guarnição, visando a soltura dos reféns e a certeza de que nenhum disparo seria feito à Souza. Ao aceitar o "acordo", o criminoso libertou reféns, se rendeu, mas mesmo assim, teria sido morto com um tiro na cabeça à queima-roupa. O laudo da perícia realizado no corpo do criminoso, aponta que o disparo foi realizado com a distância máxima de 30 centímetros.
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